Hoje no Brasil, existem muitas Faculdades de Dança, não sendo mais necessário um bailarino procurar uma faculdade de Educação Física para estudar o corpo e se especializar. O Curso Superior em Dança pode ser Bacharelado ou Licenciatura. A duração do curso é de 4 ou 3 anos. Com uma licenciatura, é possível fazer concurso público para dar aulas em Escolas públicas (só para citar um exemplo).
Sim, em Lei é obrigatório ter um profissional de Dança na escola, mas sabemos na prática que essa não é realidade na maioria das escolas brasileiras.
Com espanto, muita gente responde que não sabia da existência de um curso superior em Dança, e creio que essa seja a primeira informação que nós, profissionais de Dança e Estudantes desse Curso, temos que passar para as pessoas.
A primeira questão para novos alunos do Curso Superior em Dança, é que as aulas não são como nas academias de Dança. È preciso aprofundar-se em História da Arte, História da Dança, saber escrever, pesquisar e estudar muita teoria, além de dançar. Entender conceitos de épocas diferentes e filosofias do corpo. Estudar o funcionamento do movimento, anatomicamente, psicomotor, e não somente a técnica (isso faz-se na academia). Estudo Cênico da dança, teatro, música, interpretação, composição, comunicação entre outras.
As técnicas de Dança são voltadas para a Dança Cênica – Ballet Clássico, Moderno e Contemporâneo, Dança Educativa, Dança Afro-brasileira. Pelo, menos na Faculdade que estudo, há na nova grade, Dança a Caráter, Danças Urbanas e Dança de Salão.
As pessoas que procuram a faculdade são dançarinos ou leigos. Configurando uma turma mista. Diferente da academia, onde as pessoas são dividas por estilos de dança e seus respectivos níveis técnicos.
Na academia, não há uma integração técnica, na faculdade você terá uma integração – quer goste ou não- pois sempre terá alguém na turma que trás outra referência de dança. Alimentando calorosas discussões. O Aprendizado dá-se no conflito!
Como toda graduação, o estudo científico é fundamental. Não adianta saber montar uma aula ou dançar muito bem, é preciso entender e estudar a origem das coisas. Ter algum autor que te inspire, que te justifique.
È preciso argumentar suas escolhas, no palco ou na sala de aula.
Acostumar-se a ler Artigo Científico, Monografias, Teses e muitos livros, e entendendo que livro sobre dança são difíceis de encontrar.
O bom da graduação é que abre-se o leque de possibilidades sobre a profissão. Além do já conhecido Dançarino (de Cia ou Solista), professor de dança, coreógrafo, pode-se ser: pesquisador em dança, tradutor especialista de livros de Dança, escritor de dança, diretor artístico, preparador corporal entre outros.
O estudo aprofundado na Área é o que diferencia o profissional no mercado de trabalho. Somente com informação e formação é que conquistaremos respeito e poderemos buscar políticas públicas que beneficiem nossa profissão na sociedade.
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