Olá amigos dançantes tudo bem?
Na semana passada houve uma discussão forte sobre cantadas na rua. Já sei, você deve estar se perguntando: "Mas o que isso tem haver com dança???" Ora meu bem, todas as vezes que dançamos, ouvimos alguém da plateia gritar: "Gostosa" quando estamos com pouca roupa, quando fazemos qualquer tipo de abertura ou levantamento de perna. Isso não acontece só com bailarinas clássicas/contemporâneas, mas com a do ventre também.
Nessa ocasião, o homem esquece que está assistindo uma apresentação de dança, ao lado de sua esposa ou namorada, mãe ou filha, e se acha no direito de ser macho e gritar para todos ouvirem que ele achou a bailarina gostosa. Elogiar nossa performance no palco é bom, mas sejam elegantes, fiquem de boca fechada até o término da apresentação, e após, aí sim, um elogio ( não um xingamento) será sempre bem-vindo.
Voltando pro assunto da cantada na rua. Há mulheres que detestam, xingam o cara, mostram o dedo, discutem. Outras não se importam, passam direto e outras que não veem nada de mais neste comportamento (!!). (Nós, do palco não podemos fazer nada. Mas seria interessante alguém do teatro tirar o cara de lá. E considero que não seja bonito nossos companheiros, ou pai e irmão, ficarem nos chamando de gostosas).
Opiniões divergentes que me fizeram refletir sobre como nós mulheres somos diferentes, e como a psicologia das deusas está certa em afirmar isso. Não podemos ser radicais, a ponto de querer que todas tomem a mesma atitude, porque somos muito diferentes. Vivemos em um mundo muito machista, onde as mulheres são agredidas no dia-a-dia e reprimidas, não aprendemos a reagir e quando reagimos, somos agredidas verbalmente. É lamentável, infelizmente.
Feministas (mulheres-Atena) tem razão de não gostarem, pois a mulher não é mercadoria, nem um pedaço de bife pra ouvir que é gostosa, por um cara que ela nem conhece. Assim como mulheres-Atena, mulheres-Ártemis iam partir para cima de um sujeito desses. Mulheres-Afrodite gostam de ser galanteadas, mas não iria gostar de ser exposta na rua por um cara que ela não conhece e com palavras de baixo escalão. Então... o que fazer?
Na minha opinião, conhecer a sabedoria das deusas é conhecer certas atitudes e saber sabiamente quando e como utilizá-las. Neste momento, por exemplo, seria muito interessante ser uma mulher-Hera. Subir no salto, olhar para o sujeito e com toda elegância dizer: "Não sou pro seu bico." E ir embora.
Não há um "Manual de comportamento" padronizado para as mulheres. Mas aí começa uma lição de respeito. Um elogio é uma coisa, um xingamento é outra. E na dúvida, fica quietinho. Sejamos gentis, para gerar gentileza. Não dá mais para conviver com o machismo. Tudo começa com uma boa educação, de homens e de mulheres.
Esses assuntos são discutidos no curso Dança e Feminilidade que está participando do desafio Méliuz.
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